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INDÍGENA DOUTOR EM PSICOLOGIA SOCIAL TOMA POSSE COMO DOCENTE DA UFRJ
 
Em 04 de abril do corrente ano, João Irineu de França Neto, indígena do povo Potiguara da Paraíba, Psicólogo, Doutor em Psicologia Social pela PUC-SP, escritor e multiartista, assumiu o concurso como docente na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Social, na área Psicologia, Comunidades, Povos Originários e Tradicionais. O concurso ocorreu em novembro de 2024 e seguindo os trâmites de divulgação e homologação dos resultados, cumpriu sua função de provimento de cargos docentes da UFRJ. Neste mês de abril, em que se celebra a luta histórica dos povos indígenas, pela garantia de seus direitos humanos e territoriais originários, a posse do referido indígena como docente representa um marco significativo para o fortalecimento das políticas de inclusão étnico-racial dos povos indígenas e outros povos tradicionais nos âmbitos do ensino, pesquisa e extensão da UFRJ. Foi publicado, durante este mês de abril, pela Editora Dialética, o livro do referido docente, intitulado: "Entre os riscos de suicídio de indígenas Potiguara e os rabiscos emergentes da Psicologia Indígena".
 
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Lançamento do livro "Diários na aldeia: Escritos de um indígena potiguara"

Autor: João Irineu de França Neto

Data: 30/04

Horário:16h

João Irineu de França Neto é o novo professor do departamento de Psicologia Social no Instituto de Psicologia da UFRJ e tem o prazer de convida-los para o lançamento de seu livro.

 

“O sintoma é a unidade elementar da contradição vida-morte. E o modo de produção capitalista sempre está orientado para a destruição das forças de trabalho. Os quadros sintomáticos classificados como esquizofrenias e psicoses são o conceito de tal contradição. O desdobramento das contradições desse conceito é a resistência organizada realizada pelo SPK. [...] Portanto, quem se ocupa seriamente com sintomas, tem que lidar com a violência da sociedade capitalista e, ao mesmo tempo, com a organização da contra-violência.”

Formado em 1970, o Coletivo Socialista de Pacientes (Sozialistisches Patientenkollektiv – SPK) foi uma experiência construída por médicos e pacientes da policlínica da Universidade de Heidelberg contra os resquícios da nazificação que pesava sobre o poder psiquiátrico à época. Ultrapassando os limites do engajamento antipsiquiátrico inglês, esta experiência traz a marca de uma profunda ligação entre luta política e doença - e isto de modo que, nas palavras de Félix Guattari, “o caso SPK revelou uma nova prática - do tipo da luta nas prisões, nas escolas, sobre os problemas da sexualidade, do aborto - e colocou a questão de um novo tipo de aliança.” Não sem motivo, o movimento foi brutalmente reprimido, tendo grande parte de seus membros presos e torturados pela polícia local.

“Fazer da doença uma arma” é seu manifesto de agitação, texto que se compromete com sua própria superação em meio às lutas nas quais porventura ele venha a circular. Como dirá Wolfgang Huber, ator importante dessa experiência e que acabaria preso por sua atuação política: “Atualmente, a maior indústria é a que finge produzir saúde, ou seja, algo que nunca existiu e que nunca existirá, a não ser como um produto da ilusão que alimenta o nazismo em todas as suas variações passadas e futuras. [...] Fazer da doença uma arma é o primeiro olhar para um futuro a ser construído, livre de nomes e soluções finais, governadores, fábricas de saúde etc. Nós o chamamos Utopatia.”  

Com esta apresentação, convidamos todas as pessoas interessadas em debater essas questões a participarem do grupo de estudos do livro “Fazer da doença uma arma”. Segue o informativo:

Dia da semana e horário: quarta-feira, de 9h-12h (semanal).

Local: sala de reuniões 2 do PPGP-UFRJ (Instituto de Psicologia, campus da Praia Vermelha).

 


Resultado do Concurso Docente (vaga MC-157), do Departamento de Psicologia Clínica, Setor Psicologia Fenomenológica-Existencial.

Resultado

 

📢 O Grupo de Pesquisa DIASPOTICS convida para:
LANÇAMENTO DA CARTILHA MIGRAÇÕES & REDES SOCIAIS
em 4 Idiomas (português/inglês/espanhol/francês)🗓 Data: Terça-feira, 15 de abril de 2025
🕑 Horário: 14h (Horário de Brasília)
📍 Evento on-line com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube oestrangeiro.org
🔗 Link direto para a transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=5DLgzmYdNvU
🎙️ Pessoas Convidadas:
Dra. Ana Maria Gomes Raietparvar
Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos das Pessoas Migrantes, Refugiadas e Apátridas – Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)Profª Dra. Denise Cogo
Professora Titular do PPGCOM – ESPMMe. Benvindo Manima
Coordenador do Centro de Referência de Atenção a Pessoas Refugiadas, Imigrantes e Apátridas (CRAI RIO) – Prefeitura do Rio de JaneiroJulia Kronemberger
Coordenação de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo – Governo do Estado do Rio de JaneiroMargarita Campo Cuero
Liderança migrante – Projeto Sabores do MundoProf. Dr. Mohammed ElHajji
Professor Titular – PPGCOM ECO / EICOS IP / DIASPOTICS – UFRJMe. Brunno Ewerton
Doutorando – EICOS IP, DIASPOTICS – UFRJ - Autor da cartilha🎤 Mediação:
Profª Dra. Catalina Revollo Pardo – EICOS IP, DIASPOTICS – UFRJ
📚 Organização:
Grupo de Pesquisa DIASPOTICS/CNPq
Programa de Pós-graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social EICOS/IP/UFRJ
Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura – PPGCOM/ECO/UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
🤝 Apoio:
CAPES | CNPq
 

 

 

Os horários de atendimento da Coordenação da DPA, para entrega de documentos, ocorrem de segunda a quinta, das 9 às 18h, de forma presencial e remota, e nas sextas-feiras, no mesmo horário, de forma exclusivamente remota.

 

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